A fim de estreitar os laços históricos que existem entre a Bahia e a França, no recém restaurado Palacete de Bernardo Martins Catharino, os baianos contarão com a exposição das obras de Rodin que virão de Paris num regime inédito de Comodato ( a França cedeu 62 obras originais). A proposta foi idealizada por Emanuel Araújo, artista plástico baiano e ex-diretor da Pinacoteca de SP, numa parceria firmada com Jacques Vilain, diretor do Museu Rodin Paris.
O Comendador
A onda de modernização das metrópoles rouba, muitas vezes, da cena urbana, jóias da arquitetura antiga. O Governo do Estado adquiriu o palacete construído em 1912 antes que ele fosse demolido para dar lugar às construções modernas ou aos prédios de alto luxo que hoje se vêem no antigo e tão nobre ainda bairro da Graça.
Bernardo Martins Catharino (1862-1944) nasceu em Portugal, no povoado de Santo André de Poiares, próximo a Coimbra. Foi enviado pela família ao Brasil aos 13 anos para trabalhar na empresa de seus patrícios Joaquim José da Costa & Irmão. Tornou-se cedo gerente e casou-se com Úrsula da Costa, filha do patrão, passando a sócio da firma antes mesmo dos 21.
Mudou-se para Salvador, reergueu firmas falidas após tornar-se sócio delas e já acumulava fortuna, a esta altura, em negócios imobiliários, além de vasta experiência comercial. Salvou da bancarrota a União Fabril (em Itapagipe) que passou a se chamar Companhia Progresso União Fabril e tornou-se a maior empresa têxtil da Bahia com 5 fábricas e três mil operários. Antes mesmo da era Vargas, Catharino já presenteava seus trabalhadores no mês de aniversário com um salário e construiu escola para os filhos dos operários.
Os místicos e pesquisadores antigos, aficcionados por seitas e mistérios, gostarão de saber que Bernardo Martins Catharino recebeu do imperador o título de COMENDADOR DA ORDEM DA ROSA (segundo a História, por causa de sua ação na Santa Casa de Misericórdia em Feira de Santana).
Ofertou o altar-mor da Catedral Basílica de Salvador (antigo Colégio dos Jesuítas) e também o da capela da Igreja do Bonfim.
Faleceu em 1944. Na ocasião, foi lembrado seu costume de manter junto à chávena de ouro a tigela de barro trazida de casa e onde comera no navio ao vir para o Brasil. Explicava aos curiosos: “É para eu não esquecer o que fui”.
olha vc sabe o caminho?
por favor me faleeee
eu precisso saber
é um trabalho do colégio e não sei o caminho
e é obrigatório ir